5.12.08

Algia







Acordei com uma tremenda dor no cerebelo. Acredito que quando você é capaz de identificar a sede da dor, é porque ela é bem intensa. A exceção são os rins. A dor é lancinante, mas nem se cogita de onde ela irradia. Enfim.

Acontece que essa semana uma queimadura não cicatrizada no braço e uma cepa desconhecida do vírus influenza tentaram molestar a minha saúde. Não conseguiram nada além de me inchar o sistema linfático. Senti o gosto de uma tonsila inchada na boca a semana inteira. Debaixo do meu braço, lutando contra a infecção que queria se instalar na queimadura, uma íngua.


Não é soberba; mas de que adianta gozar de uma boa saúde se você não pode pô-la à prova? Além disso, já tomo tantos comprimidos que eles provavelmente acabam substituindo o apropriado (essa foi de fazer um estudante de medicina ou farmácia arrancar os pentelhos).


Voltando à dor no cerebelo. Parece que na cabeça tem um furo. E quando calha, vem alguém pobre de espírito e enfia um aramezinho com um gancho na extremidade e fica rodando dentro do seus miolos. A dor vem em ondas. Aumentando a intensidade e diminuindo o intervalo entre uma e outra onda com o tempo. Trabalho de parto. Associo.


Chega no limite, quando a dor é tão forte que um dos seus olhos ficará mais aberto, e você só tem a opção de morder a língua com toda a força pra ter outra dor e assim conseguir raciocinar. Ou então deixa a dor dominar o seu corpo, que ficará sem obedecer qualquer comando mental por alguns instantes. Tipo um transe, sei lá. Só sei que depois de minutos - que parecem horas - a dor passa.







Disse isso porque meu fígado não é penico pra analgésicos.






Um comentário: